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MUNDO BOTONISTA

Por Carlos Cláudio Castro (27/08/2023)

Mudar a regra: solução ou problema?

Se tem uma sequência de colunas interessantes no portal Mundo Botonista, considero os textos do Erismar Ferreira Gomes, em que ele descreve a evolução das Regras 12 Toques, essenciais para quem quer entender a tática da nossa modalidade e o porque de sua adequação ao longo dos anos. 


Acompanhei de perto algumas das alterações que modificaram o jogo, de forma impactante. Cito duas: perda da posse de bola após chute a gol e o fim da arrumação de botões no tiro de meta. Vi o quanto foi difícil implantar essas modificações e o quanto elas se tornaram úteis e aceitas no decorrer do tempo. 


Em verdade, a própria construção da Regra 12 Toques adveio da necessidade de mudanças que ou aconteciam ou tornariam o jogo inviável. Imaginem, por exemplo, e de forma bem básica, se não houvesse um limite de toques em cada posse de bola. Um botonista que fizesse uma vantagem numa partida e readquirisse a posse de bola, poderia, simplesmente, ficar trocando passes até o final da contenda. Esdrúxulo, mas seria legal. 


E agora, como avaliamos atualmente a nossa modalidade? Virou uma disputa de saída de bola, tal qual a disputa de pênaltis do Futebol? Ter muito gols é uma característica salutar, inerente à regra? Estamos, enquanto modalidade, ficando pouco atraentes para os novos praticantes? 


O que fazer? Tornar as defesas mais compactas, permitindo que mais botões possam ser recuados? Aumentar o tamanho do goleiro? Diminuir o tamanha da trave? Ou o fato de muitos gols provocarem a necessidade do adversário também fazê-los é uma dificuldade técnica característica da regra, que deve ser continuada? Mudar ou não mudar: eis a questão!


É assim que me despeço dessa coluna na atual temporada, deixando aos amigos um fraterno e carinhoso abraço. Espero ter feito jus a este espaço cumprindo um ano mais a tarefa de esclarecer as dúvidas da comunidade de botonistas e de manter sempre aberto este fórum de discussões. Até breve.

O cearense Carlos Cláudio Alencar de Castro é médico neonatologista, adepto do lema “a arte torna a vida suportável”, fanático torcedor do "Vozão" (Ceará Sporting Club) do qual é membro efetivo do conselho deliberativo. Carlos é um estudioso do Futebol de Mesa, membro do Comitê Gestor das Regras 12 Toques da CBFM e responsável direto por levar a modalidade 12 toques para o estado do Ceará.

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carlos_claudio@mundobotonista.com.br

(085) 99158-6280

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