Era meu primeiro brasileiro e meu primeiro ano de Círculo, meu papel no time era parecido com o que aquele tal de Rafinha da Mulambada tinha no Bayer, eu era responsável por pegar água para meus companheiros. 

Seu Anacleto, saudoso, gente da melhor qualidade, era figura conhecida. Ele, todo evento, armava sua banca de rolos, sua maior felicidade era fazer rolos, na maioria se dava mal, mas para ele importante era  trocar, vender e comprar. Porém neste torneio a casa caiu pro Anacletão, a polícia chegou no torneio, viu a movimentação, o alvoroço ao lado daquele senhor de riso fácil, se aproximou e viu que naquele pequeno pedaço da arquibancada estava rolando o maior comércio. 

Ao ser abordado pela autoridade, Anacleto não tinha nota fiscal da mercadoria que estava comercializando. Após um princípio de discussão, a mercadoria foi toda apreendida para desespero do Anacleto que, com lágrimas nos olhos, viu sua mercadoria ir embora.

È claro que essa história foi uma brincadeira, retratada por uma reportagem no Pro-Gol na semana seguinte ao torneio. O problema é que uma outra figura conhecida, Hideo, leu a reportagem, e revoltado, ligou para seu sobrinho, delegado da polícia Federal, exigindo a devolução da mercadoria do seu amigo. 

Ao ligar para o Anacleto , Hideo descobriu que era brincadeira e acabou sobrando para mim, que fiz a reportagem, levei a maior bronca. 

Bom, a historia é curta, mas na época rendeu boas risadas. 

Um abraço a todos!