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Por Chico Júnior (28/05/2021)

Toda ousadia será premiada.

O ano era 2011, eu já havia aceitado o convite do Santos e era dia da final do Paulista de Aspirantes. Nada como me despedir com um título. Nessa temporada o nível estava alto, a forma de disputa era por pontos corridos. Círculo, Meninos, Corinthians e Bloco do R disputaram ponto a ponto. Na última rodada, Círculo e Corinthians se enfrentavam, a vitória dava o título ao Círculo, já ao Corinthians bastava um empate.


Como fazia em todos os jogos, fui ao clube logo pela manhã e, uma vez que vários jogadores do time A estariam treinando, aproveitei para treinar também. Chegando ao clube, o Espel me trouxe, a pedido do Julinho, o time fruto de uma troca minha com ele. Coloquei-o na bolsa, não ia usar um time novo numa final, e fui treinar. Cinco amistosos e tomei cinco canudos, de proveitoso apenas a dica do Cássio de que eu deveria usar uma palheta só.


Fui almoçar com a certeza de que pouco poderia colaborar, afinal estava jogando pedrinha e o jogo seria dificílimo. Primeira rodada e saímos com uma vitória boa, segunda rodada e mantivemos a diferença, na terceira aumentamos um pouco. Após voltar do intervalo, o Corinthians colocou o Henrique e o Alencar, dois jogadores do master, ambos experientes e acostumados com decisões. 


O Coringão começou a tirar a diferença na quarta rodada, na quinta tiraram mais um pouco, íamos para a última precisando de 7 pontos (na época, em SP, a vitória ainda valia 3). Pouco antes de iniciar a rodada o Espel Pediu para sair, ia pegar o Alencar e não se dava bem com jogadores do máster, no banco havia apenas eu e o Pinna. 


Nosso treinador, Duda, pergunta ao Pinna como era o retrospecto com o Alencar. Pinna responde, péssimo. Sobra pra mim. Costumo anotar todos os meus jogos, desde amistosos até jogos oficiais e até o momento havia jogado 6 partidas com o Alencar e perdido todas. Mas fui pro jogo. Como era franco atirador, peguei aquele time que o Espel me trouxe e resolvi estreá-lo.


Dei a saída parecendo um iniciante, nem consegui chutar, Alencar veio e gol. Outra saída mal sucedida e tomo outro gol. Aí resolvo me divertir e o jogo ficou mais leve, o primeiro tempo terminou empatado, 2 x 2. Alencar ficou na frente o jogo todo, porém não marcou gol quando o jogo estava 4 x 4, aí era minha chance. Só que sou muito louco, dei um, dois, vai pro gol na três, lá de longe, caixa, que golaço!


Tínhamos combinado que quem definisse o jogo cruzaria os braços. Alencar queimou de longe, meu goleiro defendeu e era escanteio pra mim. Olhei pra trás, Barbosa e André estavam com seus braços cruzados. Bati o escanteio estilo Paulo Henrique Ganso, naquela final Santos x Santo André, curtinho, vim com outro botão e furei, a bola morreu ali. Com o empate em 9 x 9 na rodada, o título de aspirantes de 2011 era nosso.

Francisco Junior ou simplesmente Chico, é um paulista torcedor do Fluminense, jornalista de formação, publicitário de ofício, apaixonado pelo futebol de mesa, há 12 anos atua pelo Círculo Militar de SP.  Agente do caos, Chico gosta mesmo é de contar seus causos e desenterrar aquelas histórias que muita gente, se pudesse escolher, preferiria manter bem sepultadas. É ele o responsável por dar toque de humor ao Portal Mundo Botonista toda segunda-feira.
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