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MUNDO BOTONISTA
Em Algum Lugar do Passado

Por José Ricardo Almeida (21/09/2021)

Equipes ou individual?


No último dia 26 de junho o Fórum Mundo Botonista perguntava, em uma equente: "O QUE VOCÊ ACHA?" Um título brasileiro por equipes é tão importante quanto uma conquista de Brasileiro Individual?

A enquete apontou: 82% de SIM e 18% de NÃO.

O futebol de mesa, como outros esportes, seja ele individual ou coletivo, cultiva vários valores como: ensinar e valorizar as regras; ensinar a reconhecer os limites e a superar as dificuldades; elaborar metas claras; objetivar resultados; corrigir e aprimorar movimentos e formas de execução; construir o sentimento de equipe e a importância de pertencerem a um grupo, onde os indivíduos passam a refletir sobre si mesmos como membros importantes e integrantes de uma coletividade. Para não ficar em cima do muro... rsrsrs eu informo que, como praticante da regra 3 Toques, minha preferência sempre foi pela competição de equipes/clubes. Acho, até, que a maioria dos amigos praticantes desta regra concordam comigo.

 

O primeiro campeonato brasileiro de futebol de mesa foi realizado de 9 a 11 de janeiro de 1970, em Salvador (BA), na modalidade Disco 1 Toque, contando com a presença de representantes dos Estados da Bahia (organizadora do certame), Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Sergipe. Como era de se esperar, o campeonato foi coroado de pleno êxito, tanto na parte técnica, como na parte social, pelo congraçamento dos elementos que compuseram as representações dos Estados.

Essa primeira competição foi disputada de forma individual (entre 11 técnicos) e equipes (com a participação de seis Estados), com um detalhe: os técnicos designados para as competições de equipes não participaram das disputas individuais.

O Campeonato Brasileiro neste formato ocorreu em três das quatro primeiras realizações, deu uma grande parada e voltou a ser disputado somente em 2009, em João Pessoa (PB), quando a A. A. Portuguesa, do Rio de Janeiro (RJ), conquistou o título na modalidade Livre, e a ACRA, de Alagoinhas (BA), na Liso.

Na regra dos 3 Toques, é notório que a disputa de clubes é mais aguardada do que a Individual. Isso vem sendo demonstrado pelo fato de que, entre os clubes, a competição nunca sofreu solução de continuidade até os dias de hoje. Individualmente, falando, somente a partir dos anos 2000 é que a competição engrenou e caiu no gosto dos botonistas da 3 Toques. Anteriormente, nunca teve uma organização regular.


Foi assim desde a primeira edição individual, em 1980, no Rio de Janeiro (RJ), que foi vencida por Hélio Nogueira, do Rio de Janeiro, superando outros 23 técnicos do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal. O campeonato brasileiro individual só voltaria a ter uma sequência a partir de 2000. Ao contrário, a competição foi realizada em todos os anos, desde 1981, em Brasília (DF), quando 18 clubes (defendidos por duplas; depois passaríamos a trios e, hoje em dia, são quartetos de técnicos defendendo seus clubes) do Amazonas, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e do Distrito Federal disputaram o inédito título, que ficou de posse da Rio Futebol de Mesa, formada por João Paulo Mury e Roberto Rocha.

 

A 12 Toques somente realizou seu primeiro campeonato de equipes em 2007, na AABB-Tijuca, no Rio de Janeiro (RJ). Doze equipes, em cada rodada defendida por quatro de seus técnicos, participaram dessa competição, que teve na S. E. Palmeiras, de São Paulo (SP), o primeiro campeão (foto).

Dezoito anos antes, em 1989, foi realizado o 1º Campeonato Brasileiro Individual, também conquistado por um técnico representando as cores verdes do Palmeiras, João Luiz Gil. Tomaram parte 93 técnicos representando os Estados do Paraná, Pernambuco e São Paulo, mais o Distrito Federal.

No Dadinho, o primeiro Campeonato Brasileiro Individual aconteceu nas dependências da AABB-Brasília (DF), nos dias 18 e 19 de outubro de 2008. Contou com a participação de 36 técnicos dos Estados de Amazonas, Goiás e Rio de Janeiro e do Distrito Federal. O título ficou com Alex Lage, representante do E. C. Maxwell, do Rio de Janeiro.

Menos de três meses depois foi realizado o 1º Campeonato Brasileiro de Equipes na modalidade Dadinho. O local foi a sede da AABB-Tijuca, no Rio de Janeiro, e o evento contou com a participação de 13 clubes de Minas Gerais, Paraná e São Paulo e do Distrito Federal.

A competição foi disputada em turno e returno, com jogos de ida e volta, e apresentou como campeã, invicta, a equipe do América, do Rio de Janeiro (foto).

 

Certamente, todos esses aqui citados e também os não citados, sentem o mesmo orgulho, a mesma satisfação, a mesma alegria, quando levantam a taça de um Brasileiro Individual ou de Equipes/Clubes. E isso por um simples motivo: como alguém já disse antes... É bom demais ser campeão!

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O baiano radicado em Brasília (DF), José Ricardo Caldas e Almeida, é adepto da modalidade 3 Toques, tendo atuado como diretor técnico e presidente da Federação Brasiliense e da CBFM 3 Toques. Sempre preocupado em arquivar a história do futebol de mesa, Zé Ricardo foi responsável pelo "K entre nós", boletim distribuído para todo o Brasil ainda na era pré-internet e, com a chegada dos computadores, passou a fazer esse mesmo tipo de trabalho em blogs e sites. Desde 2018 é o responsável pelo Museu Virtual do Futebol de Mesa (no facebook) e atualmente chefia o Núcleo de Memória e Pesquisas Históricas do Canal Mundo Botonista.

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jose_ricardo@mundobotonista.com.br
(061) 99685-3050

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