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Yuri Domingues de Souza nasceu em São Paulo em 1992 e atualmente mora em Barueri. Treinador de futebol de profissão, começou sua jornada no futebol de mesa em 2024 na Liga Água Branca, zona norte da capital. Pratica a regra Dadinho e tem uma paixão especial por times de botão com rostos de jogadores, sobretudo das décadas de 80 e 90. Com carinho e nostalgia, Yuri celebra o charme dos botões clássicos enquanto vive o presente nas mesas. Em seu texto, uma espécie de diário, ele fala como insegurança, derrotas e treino moldam a evolução técnica, física e mental do iniciante no divertido mundo do futebol de botão.

Diário de um iniciante

Por Yuri Domingues (05/08/2025)

Querido diário,

Se existe algo que amedronta um iniciante, sem dúvidas, é a insegurança de uma falha. Independentemente do resultado, sempre há a vontade de ganhar. Pois bem, assim como eu iniciei, há menos de um ano, no futebol de botão na Liga Água Branca, Santana, zona norte de São Paulo, comecei pela boa e velha pastilha. Nunca vi tantos botonistas tão bons de bola, aliás, de pastilha! Uma facilidade imensa em fazer gols, seja qual for o local do campo. Pois bem, no dia seguinte, como um bom persistente iniciante, decidi ir para a regra 12 Toques, porém com botões de vidrilhas de 55mm e, para a minha surpresa, mais gols sofridos e aí vem à mente: “O que eu estou fazendo aqui?”. Apesar do cansaço e aparente desânimo, chegou o pensamento: “Isso aqui é algo incrível e sim, gostei de sofrer essas derrotas”.

Mas, como assim? Comecei a pesquisar nas principais redes sociais da internet sobre como ter um bom desempenho com um melhor nível a curto prazo, e a melhor resposta que tive para crescer foi "a derrota"! Realmente, ela é uma das maiores escolas no crescimento, e começamos a observar quais atos estamos falhando. Veio-me algo à mente: temas com os quais lido diariamente: 

1 - Técnico, 

2 - Físico e 

3 - Mental.

Iniciando pelo lado técnico, observo que o iniciante falha muitas vezes em lances que poderíamos ter uma atenção dobrada no modo que segura a palheta ou até mesmo um passe que poderia ser feito de forma simples. Pelo lado físico, claro que a série de jogos desgasta qualquer atleta, seja ele novato ou não, e tem algo que observo em diversos jogadores: é a forma como posicionamos o nosso corpo para efetuar a palhetada.

Por fim, queria destacar o lado mental! Este talvez seja, independentemente do esporte, um dos maiores fatores que guiam uma derrota ou vitória e, para um iniciante, isto talvez seja algo que vem gerando uma determinada insegurança. Quero compartilhar de que modo tal fator me fez evoluir. Pois bem, primeiro vem a prática. O treino faz com que nós progresemos e também nos faz pensar no modo como estamos agindo em cada lance e nos relembra das falhas. Porém, como aquela velha frase “treino é treino, jogo é jogo”, e sim, quero voltar à temática anterior, nada melhor que jogar contra pessoas experientes.

De certa forma, comecei a ter uma melhor leitura de jogo a partir do momento em que analisei como os grandes jogadores agem de forma técnica, física e mental. Durante as partidas e para um iniciante, nada melhor que ter referências! A evolução tem que ser avaliada como um todo e é sempre de forma gradativa.

Tudo isso me faz crescer e, principalmente, me faz considerar quais pontos os inciantes necessitam melhorar e desenvolver. Por fim, a reflexão final deste texto — querido diário — é que o futebol de botão é, sim, um esporte, porém jogado, na maioria das vezes, por meninos(as), adultos(as) e idosos(as) que, apesar de tudo, estão ali para se divertir. Este sempre será o espírito de um iniciante e nunca deve ser deixado de lado.

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Breno Marques

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