Pode isso, Doutor?

Fui inquirido pelo Cassio Erbisti, atleta do Clube XV de Agosto, de Socorro-SP: “Eu posso, no intervalo de um jogo, trocar o número 10 do meu time por um outro jogador número 10? Eu entendo, pelo que li no artigo 16, que sim. Mas o Quinho, que usa desse artifício, gostaria de uma confirmação.” 

Vejam que peso extraordinário contido nos proponentes do questionamento, duas lendas vivas do nosso esporte. Cassio Erbisti é uma “entidade” da história do Futebol de Mesa, que se perpetua no presente, atleta exemplar, de apurada técnica, uma verdadeira enciclopédia do Botonismo. 

O que falar do campeoníssimo Quinho, também atleta do Clube XV de Agosto, de Socorro, SP. Figura doce, botonista leal nas mesas, atleta de talento ímpar, amigo que fiz ao longo dos anos de convivência, em torneios e no time do Mundo Botonista. 

Mas vejamos o Artigo 16: “Cada botonista poderá substituir no máximo três botões, NOS INTERVALOS das partidas, desde que os botões substitutos possuam numeração distinta dos botões do mesmo time que permanecerem na mesa de jogo e do goleiro. Somente em caso de dano, que inviabilize o botão continuar jogando, a substituição poderá ser feita no decorrer do jogo, independente de substituições anteriores.”

É curioso isso. Não mudou ao longo dos anos. O número do botão que entra precisa, apenas, ser diferente dos números dos botões/goleiro, do mesmo time, que permanecem na mesa. Não há necessidade de ser diferente do botão que sairá do campo de jogo. Em outras palavras, e respondendo objetivamente à questão - Sim, é permitido trocar um botão com a mesma numeração daquele que entrou, desde que o número deste botão que entrou não coincida com nenhum outro do time que permanece na mesa.

Finalizo agradecendo ao amigo Cássio pelo envio da pergunta e aproveito para pedir aos amigos que continuem enviando suas dúvidas que alimentam os temas dessa coluna. Um grande abraço a todos e até a próxima.

Faça download da versão revisada das regras oficiais da modalidade 12 toques.

O cearense Carlos Cláudio Alencar de Castro é médico neonatologista, adepto do lema “a arte torna a vida suportável”, fanático torcedor do "Vozão" (Ceará Sporting Club) do qual é membro efetivo do conselho deliberativo. Carlos é um estudioso do Futebol de Mesa, membro do Comitê Gestor das Regras 12 Toques da CBFM e responsável direto por levar a modalidade 12 toques para o estado do Ceará.

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