Painel do Mundo
Por: Jonnilson Passos em 11/06/2025
A psicologia, a amizade e a ciência por trás do futebol de mesa
Olá, amigos da coluna Botão com Ciência. Hoje vou lhe conduzir por uma reflexão sobre o poder do futebol de mesa na formação humana. Você já parou para pensar que um simples jogo de botão pode ser muito mais do que uma brincadeira? Pois é. E nossa jornada por pesquisas acadêmicas ligadas ao nosso esporte hoje presta homenagem ao nosso querido Robertinho. Além de ser o maior campeão nacional individual da história do futebol de mesa na regra 12 Toques, com seis Copas do Brasil e seis Campeonatos Brasileiros, tem um belo histórico como acadêmico, pesquisador e autor de trabalho científico. É isso mesmo. Craque dentro e fora das mesas.
Na monografia intitulada "A importância e as características do Futebol de Mesa quanto à formação psico-social de seus praticantes", com dados coletados em 2006 pelo atleta e pesquisador Roberto de Lara Rodrigues, disponível no repositório da Universidade Federal do Paraná, o problema era: "Como o Futebol de Mesa está oportunizando ao botonista condições de desenvolvimento psicossocial?" A resposta veio em várias camadas e com muita ciência envolvida.
Na revisão de literatura, tem um golaço que merece
replay. Um trecho do escritor José Roberto Torero, publicado em 1998 na Folha de São Paulo, que diz assim:
“Os três sábios caíram na gargalhada, mas o entregador permaneceu imperturbável. Vejam, o futebol de botão é uma síntese do conhecimento humano. Ele necessita de movimentos estratégicos como o xadrez, pede pontaria, reflexos e precisão como a esgrima, e precisa de autodomínio como o pôquer. O futebol de botão, senhores, é o único esporte onde são necessários intelecto, habilidade física e controle emocional. Tudo ao mesmo tempo e em igual proporção.”
Você leu bem: intelecto, habilidade física e controle emocional — tudo isso em um só esporte.
E os dados da pesquisa apontam outras curiosidades:
► 43% dos entrevistados disseram que conheceram o futebol de mesa por meio de amigos. Ou seja: é um esporte transmitido pela amizade, pelo afeto, pelo convívio.
► No campo psicológico, 55% destacaram a atenção e a concentração como os maiores benefícios. Num mundo acelerado, o botão obriga a pausar, pensar, mirar e calcular.
► No aspecto social, 30% falaram sobre a camaradagem. E quem já esteve num torneio sabe: amizade vale mais do que troféu.
► E olha esse dado: 91% participam de todos os campeonatos, independentemente do lugar.
Isso é pertencimento. É paixão. É vínculo real. E sabe o que é mais bonito? Hoje, além de belas jogadas, o que se vê nas mesas, salvo raras exceções, é gentileza, respeito e laços humanos que vão além das disputas. São amizades que começam num campeonato e continuam nos cafés, nos grupos de mensagens, nos reencontros, no chopp gelado entre botonistas. Sim, o Futebol de Mesa é esporte, mas é também educação, ciência, cultura e formação humana integral.
Apesar do texto original da monografia estar desatualizado em alguns aspectos, fica a homenagem ao atleta/autor (Robertinho) pela escolha desse relevante tema. Gerar "novas" resenhas entre amigos e amantes desse esporte tão dinâmico é fundamental. Ferreira Gullar, poeta maranhense, avisou: "A arte existe porque a vida não basta." Futebol de botão é arte e filosofia de vida". Como diria José Roberto Torero: "Tudo ao mesmo tempo, e em igual proporção".
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Os leitores estão convidados a responder a mesma pesquisa feita pelo autor em seu trabalho e que pode ser encontrada no link: https://forms.gle/VnQamYGP4JbyMKdh8
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Jonnilson Nogueira dos Passos, um apaixonado pelo Futebol de Botão e um talentoso Mestrando em Educação pela UFMA é também, contador, gestor público, professor, e tutor em EaD destacando-se na formação de tutores e formadores de diversas disciplinas a distância. O comprometimento do maranhense com o esporte vai além das competições; ele acredita no potencial do Futebol de Botão como objeto de estudo e pesquisa, com ênfase em sua história, impacto cultural e aspectos técnicos. No portal Mundo Botonista, o educador aceitou o desafio de explorar as fascinantes relações entre o Futebol de Botão e as Pesquisas Científicas no Brasil assinando a coluna Botão com ciência.
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jonnilson@mundobotonista.com.br
