Pro gol, pro gol, é a hora da alegria!

O carnaval representa uma das tradições mais populares da nossa cultura brasileira. E no meio disso tudo, as fantasias vão permitindo que, mesmo que por uns instantes, as pessoas possam viver sonhos, levando tudo na brincadeira. Existem os bloquinhos, com famílias inteiras colorindo as ruas e cantarolando a vida. Mas também existe o caráter profissional e competitivo, relacionado com os desfiles das escolas de samba. No final, tudo é alegria. Pura alegoria.

De norte e sul, de leste a oeste, botões deslizam sobre mesas, assim como confetes flutuam pelas calçadas. Desfilam nossas representações de escalações dos sonhos, num momento de pura alegria, de fantasia. O futebol de botão está para os bloquinhos, como o futebol de mesa está para o carnaval competitivo. No final, tudo é festa, tudo é gol, tudo é alegria. Alguns com a expectativa dos rankings. Outros, com o calor do momento, apenas. “Chegou, chegou, tá na hora da alegria, o circo tem palhaço, tem, tem todo dia”, batucam foliões pelas ruas da cidade. “Pro gol, pro gol, é a hora da alegria”, palhetam botonistas pelas mesas, com felicidade.

Fantasiamos times, decorações, jogadas. É a bola ou o dadinho que bate no botão. Mas na nossa imaginação, foi uma bela matada de bola no peito, girando pelo meio campo e lançando para o atacante cortar o zagueiro e estufar o filó!

O futebol de botão representa também uma das tradições mais populares da nossa cultura brasileira. E no meio disso tudo, vamos nos permitindo, mesmo que por instantes, viver nossos sonhos, nossas brincadeiras, nosso jogo que deve, sim, ser levado muito a sério. Assim como o carnaval, que é coisa séria! 



E por aí vamos... Serpentinando nos blocos, confetes e serpentinas no chão, e repentinamente, palhetadas no botão. Por agora, mais um carnaval para a saudade, e esse foi especial. Enquanto isso, a temporada do nosso futebol de mesa começa, prometendo ser mais uma vez uma celebração coletiva, em êxtase, pelo nosso mundo botonista. 

Giovanni Nobile é jornalista e fundador do Águia Branca Futebol de Mesa (time que nasceu nas quadras de futsal em Santo Antônio da Platina, no Paraná, fez um jogo em 1997, ganhou, e se orgulha de ser o time há mais tempo invicto no mundo - tudo bem que nunca mais jogou, mas essa é outra história). Seu melhor resultado nas mesas foi um vice-campeonato de etapa na série extra da Liga União, cuja medalhinha tem guardada até hoje. Há mais de 10 anos, vive em Brasília. Por aqui, traz crônicas aos domingos sobre o nosso Mundo Botonista.

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