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MUNDO BOTONISTA

Por Erismar Gomes (16/09/2021)

A difícil implantação.

Saudações, meus amigos leitores! Na coluna anterior paramos em 1992, ocasião em que levamos à Federação Paulista de Futebol de Mesa a proposta de fim da posse de bola do ataque após o chute a gol. O presidente da época era o saudoso Professor De Franco. Mas, a agora nacionalidade da regra e a importância da mudança proposta obrigavam a uma convocação para uma assembleia com todas as federações do Brasil.


Sendo muito difícil viabilizar uma assembleia com a maioria dos representantes das federações estaduais, a proposta foi rejeitada. Além disso, os representantes de clubes presentes na reunião da FPFM não assimilaram bem a alteração, não havia uma boa vontade nem sequer para estudar a proposta. 


Fato curioso e importante para mencionar é que justamente nesse ano de 1992 viria a ser fundada a Confederação Brasileira de Futebol de Mesa. Sendo ela a entidade máxima do esporte nacional, obviamente, seria a tutora da regra. Tentei, então, emplacar a proposta nas gestões da CBFM e ia ao mesmo tempo conversando nos Brasileiros com diversos botonistas de todos os Estados sobre a ideia, a filosofia da alteração. O tempo foi passando, mas sem nenhum sucesso de que a proposta fosse pelo menos estudada. Muitos gostavam da ideia, mas de concreto, nada.


Foi, então, que em 2005, ao assumir a FPFM, na primeira assembleia do ano, em que se definiu o calendário das competições do Estado de São Paulo, deliberei que as competições paulistas daquele ano, em caráter experimental, iriam ser jogadas com as seguintes alterações na regra de jogo: 1- Ao chutar, o ataque perderia a posse de bola, passando esta para o adversário, não importando se a bolinha ficasse dentro ou fora de campo; 2- No chute a gol, independente de onde tivesse batido a bola, permanecendo dentro dos limites da pequena ou da grande área, o goleiro poderia sair jogando, podendo dar 3 toques na bola, contando apenas 1 (contribuição de Vitor Tasinaro, na época vice-presidente da FPFM e, também, do saudoso Kiko); 3- O goleiro, na posse de bola de sua equipe, poderia ser reposicionado uma vez durante os 12 toques, desde que esse reposicionamento fosse para dentro da pequena área (contribuição de Harutiun Muradian).


Importante notarem o escrito, "caráter experimental”, ou seja, apesar das competições do Estado de São Paulo, durante o ano 2005, serem jogadas com essas alterações na regra, não estavam definidas as alterações, nem era possível a FPFM definir unilateralmente alteração de regra, por isso tomamos todos os cuidados para não atropelarmos os outros Estados. Bem, amigos, para que esta coluna não fique longa em demasia, vamos continuar em um 3º episódio, relatando todos os detalhes da implantação dessa mudança, só faltam 15 dias, aguardo vocês.

Biblioteca de "Doze Giros"
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O corretor de seguros Erismar Ferreira Gomes, 58 é paulista, torcedor do Santos F.C, e um apaixonado pelo futebol de mesa e virtual (no video-game). No Futebol de Mesa tem um rastro indelével tanto no espectro da gestão (tendo sido diretor de departamentos em clubes importantes como Corinthians e Maria Zélia) e presidente da Federação Paulista; quanto na qualidade de atleta - onde ostenta inúmeros títulos, incluindo um bicampeonato Brasileiro por equipes e o título Brasileiro individual em 2005 (ambos na categoria masters). Erismar é uma testemunha privilegiada da história e evolução da regra 12 toques pois não apenas a viu nascer mas participou ativamente da sua história. 

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erismar@mundobotonista.com.br

(011) 99653-1317

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