Painel do Mundo
Por José Jorge Farah (21/07/2025)
Identificando e corrigindo condutas

Saudações, amigos do nosso futebol de mesa. Hoje vamos falar um pouco de comportamento. A regra 12 Toques, por exemplo, possui suas nuances, entretanto, elas são muito claras. Ultimamente temos notado um verdadeiro desrespeito à mesma, com atletas demorando um tempo demasiado para chutar, para preparar o goleiro, enfim, ganhando tempo, diferentemente do que prevê a regra, que estipula, para todas estas ações, um tempo pré-determinado. Preocupado com tal situação, e também com algumas posturas dos atletas, que discutem, brigando na mesa, causando prejuízos principalmente às pessoas do entorno, visto que em nosso esporte há sempre diversos jogos simultâneos nos eventos, a Federação Paulista de Futebol de Mesa (FPFM) redigiu uma normativa, com o intuito de tentar conter tais episódios desagradáveis, que muito complicam as competições, sejam elas regionais ou nacionais, assim sendo, replicarei aqui o teor do referido documento a fim de compartilhar com toda a comunidade:
Foram identificadas condutas irregulares e contrárias ao regulamento, entre elas:
- Excessiva demora na execução dos lances (tempo de chute, arrumação, reposição, saída etc.), desrespeitando o tempo regulamentar que consta em regra nos capítulos IX e XXIV das regras oficial, causando antijogo e prejudicando o andamento do mesmo;
- Comportamentos antidesportivos e desrespeito reiterado às regras básicas de conduta;
- Substituição de botão durante a partida, prática vedada pela regra e conforme consta no capítulo XIII no artigo 16;
- Bater com o goleiro ou com botões na mesa. Fato esse que vem ocorrendo com muita frequência;
- Discutir acintosamente com o adversário e ou pessoas do entorno da partida;
Apesar de não ter havido nenhuma representação formal por parte dos envolvidos e ou de seus clubes, a gravidade dos fatos exige uma resposta institucional imediata.
A partir desta data, a Diretoria Técnica da FPFM informa que:
- Imagens de vídeo, sejam elas transmissões oficiais e ou registros fotográficos poderão ser considerados provas válidas para apuração de conduta irregular, mesmo que não haja denúncia formal no ato ou após do jogo pelos envolvidos, a entidade por intermédio de sua diretoria técnica e com o auxílio do delegado pré-determinado pela entidade que obrigatoriamente fara um relato sobre os casos, assim a FPFM terá autonomia para providencias e se não for sanado deverá o caso encaminhar ao TJD.
- Advertências verbais poderão ser aplicadas com base em análise técnica, com sanções instantâneas e mais abrangentes no caso no próprio local pelo delegado determinado pela FPFM. O autor do fato poderá inclusive ser alijado da competição e sera incluído no código disciplinar da CBFM, devendo ser encaminhado ao TJD para punições.
- O delegado da competição tem autonomia para agir imediatamente em casos flagrantes, sempre e principalmente quando houver comprometimento da integridade do resultado esportivo, do atleta e das partidas que acontecem ao redor.
- Todos os atletas têm por obrigação relatar irregularidades observadas, prezando sempre a isonomia, responsabilidade e respeito entre os competidores, o mínimo que se exige é educação, compostura e lisura nas competições.
- Casos graves, como alteração de materiais de jogo (indisciplina, reclamações acintosas, palavras de baixo calão, troca de botões em momentos não permitido ou outros fatos semelhantes), serão passíveis de perda automática da partida por W.O. e caso se faça necessário o delegado convocara uma comissão formada no próprio local por atletas isentos e teremos um rápido julgamento e se assim for definido o atleta punido deixara o local de competição.
- Estas determinações deverão ser incluídas em normas e procedimentos
Parágrafo Novo
Este comunicado objetiva preservar o esporte e seus praticantes, para que se evite situações futuras. Assim, a FPFM procura coibir estes lamentáveis fatos e tentar incutir nos atletas a necessidade de que seja cumprida a regra, evitando-se discussões e futuros problemas. Gostaríamos que os procedimentos corretos fossem seguidos por todos os atletas envolvidos, nesta regra, pois, ser cumpridor de suas obrigações proporciona uma competição mais limpa e, de fato, justa.
Lamento ser repetitivo sobre o assunto, mas ele se faz necessário, e esperamos que a adesão seja maciça. Vamos jogar futebol de mesa (jogo de botão) e continuar a fazer amigos com competições realmente de alto nível e sem quaisquer problemas.
Até a próxima!
Biblioteca de "CBFM em ação"
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José Jorge Farah Neto, gestor desportivo e jornalista, nasceu em São Paulo, capital, presidente da CBFM (desde 2020) e da FPFM (desde 2018), anteriormente ocupou a cadeira da presidência da Federação Paulista de 2007 a 2014. Autor do "Almanaque do Futebol Paulista" de 2000 a 2014, o historiador do futebol de mesa José Farah tem inúmeras contribuições ao botonismo nacional e, dentro da plataforma Mundo Botonista, escreve sobre gestão esportiva e sobre os bastidores das instâncias que comandam o esporte no Brasil.
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