Painel do Mundo
Por Flávio Semim (01/10/2025)
O notável Alexandre Schön
Olá, amigos leitores do Mundo Botonista!
Além de histórias, hoje vamos ver também como a vida pode nos encarregar de missões duras e incrivelmente lindas ao mesmo tempo. Em minha jornada percorrendo o Brasil para trazer à tona as incríveis histórias de vida de botonistas e colaboradores do nosso esporte – pessoas que se doam e dedicam tempo, esmero, energia e amor para manter acesa essa paixão chamada Futebol de Mesa – trago hoje do maravilhoso Estado do Paraná a história da vida e missão do
notável
Alexandre Schön!

Entre a palheta e o abraço: transformar gols em futuros de verdade.
Alexandre Ben Amy Schön nasceu em 25/01/1971, em Santos/SP. Cresceu e viveu entre Santos, São Paulo, Campinas e Ilhabela, mas hoje orgulha-se de viver em Curitiba/PR. Engenheiro mecânico de formação, é funcionário público federal e atua na área de Direito. Vive há 11 anos com sua amada Eva. Não tem filhos, mas criou o sobrinho Raphael, atualmente com 31 anos, como se assim o fosse.
Sua memória mais antiga do futebol de botão mistura paixão e descoberta: ainda menino e encantado pela pequena Regiane, frequentava a casa da pretensa namorada enquanto também observava o “cunhado” jogar futebol de botão! Ganhou de sua mãe seus primeiros times, Corinthians x São Paulo, e depois vieram Brianeses e Sportecs. Em 1984, transformou a mesa de fórmica da cozinha em um estádio: riscou as linhas, ergueu “alambrados” de papelão com clipes e, toda noite, desmontava tudo para o jantar. Jogou sem parar com botões dos mais variados modelos de brinquedos e do tipo “tampas” até 1987. Na faculdade, voltou a participar de um torneio interno no início dos anos 90, quando viu pela primeira vez um jogador “federado” e conheceu os botões de argola.
O retorno definitivo viria em
2007, já morando em Santos. Um encontro casual o levou à Vila Belmiro para um amistoso com o carismático Sílvio Paiva, que o acolheu e incentivou. Daí em diante, vieram treinos rígidos (terças, quintas e sábados), mesa em casa, campeonatos organizados por ele mesmo e passagens por Santos, Bloco do R (Itu), CDB (Campinas), Taubaté, Litovale, Curitibanos e Dom Pedro, até chegar à Ricetti – onde hoje não é mais federado, mas atua como conselheiro e “pau para toda obra”. Metódico, insiste na palheta em pé, treina muito e gosta de ver a técnica florescer no cotidiano.
Em paralelo, pulsa o Break. Encantado desde criança pela Black Music, ele mergulhou de vez na dança em 1999. Em 2002, em Ilhabela, criou um grupo com crianças: quase uma centena aprendeu a dançar e disputou campeonatos nacionais. Anos depois, o grupo arrefeceu... ele ainda sonha com um retorno, e talvez uma filial no sul do país. Do Break, Schön trouxe uma régua para a vida: organização, inclusão, mérito coletivo. E então, olhando mais para o futebol de mesa e pensando nas crianças, idealizou outro sonho e traçou seu caminho!
Quando o botão virou missão.

Em 2021, já em Curitiba, reencontrou a vidrilha. Encantou-se pela simplicidade, pelo baixo custo e pelo controle com a pastilha – um convite para ampliar o acesso. Em plena pandemia, decidiu que era hora de apostar nas crianças. Bateu à porta do Lar Meninos de São Luiz, entidade centenária do bairro Água Verde, apresentou-se como voluntário, construiu mesas e começou. Em outubro de 2022, iniciou aulas para turmas de 4ª e 5ª séries, ensinando do primeiro toque ao chute, com atenção plena, honestidade e autocontrole. Seus treinos viraram “desafios”: conduzir a bola pela linha verde sem sair, alinhar dez botões para parar exatamente na faixa, pênaltis para treinar direção e força. Há também ética em quadra: o jogo ensina responsabilidade e honestidade! Lembra que pesquisou e descobriu que há apenas dois esportes em que “não há juiz”: além do próprio futebol de botão, o ultimate frisbee.
Pelo menos a cada dois meses, ativa um grupo de
WhatsApp com ex-alunos, para nos dias de bazar do Lar, organizar torneios com até oito mesas, onde reaproveita inclusive troféus próprios, recuperados e polidos com muito carinho, para premiar a garotada. Aprendeu que a
família é decisiva: quando pais e mães participam, os meninos ficam; quando não, alguns se perdem no caminho... ainda assim, a semente está plantada.
Em algum tempo livre que resta, cultiva outro amor de infância: a coleção de bonecos “Falcon”, da Estrela, que já não cabe mais no quarto. Schön gosta de destacar o lindo trabalho e projeto do Lar Meninos de São Luíz, que possui um site onde pode-se saber mais. E um lembrete importante: se você paga Imposto de Renda, pode destinar parte do valor ao Lar (que de qualquer forma iria para o governo). Por favor, lembre-se disso na sua próxima declaração! Hoje, sua missão é clara: incentivar o esporte de base para que o futebol de botão não envelheça com a sua geração. Sonha com mesas em escolas, administradas pelos próprios alunos; planeja lançar um canal no
YouTube para compartilhar métodos; e convida a sociedade a apoiar.

Meio metro além do campo.
Do menino que riscava a mesa da cozinha ao voluntário que encontrou um jardim de pequenos botonistas, Alexandre Schön aprendeu que nada é tão difícil que não possa ser feito. Observa que há meio metro de distância entre um pai, ou uma mãe, e um filho em volta de uma mesa de Futebol de Botão, onde sempre cabe uma conversa, uma comemoração, um abraço e um futuro inteiro!
Contato
Caso tenha interesse, você pode falar com nosso Notável Alexandre Schön pelo fone/whatsapp: (41) 98777-1919.
Apaixonado pelo futebol de botão desde criança, Flávio Semim é paulista, nasceu em 1972, corinthiano de coração, ajudou a fundar o Metropolitano Paulista e hoje defende as cores da S.A.V. Maria Zélia de FutMesa. Fora das mesas, curte explorar as estradas sobre sua Harley Davidson, e é profissional da área de tecnologia formado pela Univ. Paulista e MBA em Marketing de Serviços. Mas seu maior orgulho na vida é ser pai da Rebeca, uma adolescente para lá de inteligente e promissora.
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(11) 98149-1601